29/11/07

É fartar, vilanagem

Alguém devia lembrar-se de informar a malta do Guinness do número de estudos já efectuados sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa. Assim, como quem não quer a coisa, acho que era uma forma bonita de exaltar o esforço de tanto intelectual ao serviço da nação.

28/11/07

Não se desgracem

É cíclico. Uma espécie de fado. Volta e meia, lá aparece alguém a discorrer sobre os efeitos perniciosos da Internet e dos acessos rápidos e demasiado fáceis ao mundo global. Coube agora a vez à presidente da Organização Mundial da Família (OMF) que anuncia que a Internet “é a grande inimiga da família” na Europa e nos países civilizados, como se antes de estarmos todos aqui não houvesse problemas nenhuns entre pais e filhos, irmãos, tios, primos, cunhados, sogras e afins. A dita senhora está certa de que o melhor mesmo é desenvolver uma “estratégia concreta” para “enfrentar esta problemática”. E eu estou quase certa de que a violência doméstica, a pedofilia, a pobreza, o desemprego, os acidentes infantis, o insucesso escolar ou a pura demissão de alguns pais do seu verdadeiro papel fazem muito mais mossa nos nossos lares do que um périplo diário por uma mão-cheia de websites ou umas conversetas via MSN.

27/11/07

Em bicos de pés

A verdade é que tenho saudades. Quero dizer, um bocadinho. Mas depois já não. Ando nisto e não sei o que fazer. Volto, não volto, mantenho a pausa, estico a corda, acabo com tudo. Um astro não se pode apagar, só quando morre. Ou flameja ou não flameja. Flameja, pronto. Assim será até ver. Ou até acabar a pilha.