Se calhar sou eu que ando céptica e sem vontade de acreditar muito nas pessoas mas a ideia de deixar as câmaras municipais deste país tutelarem livremente os Planos Directores Municipais (PDM) não me parece lá muito boa. Sou mesmo obrigada a concordar com o Francisco Louçã quando ele diz “que é um convite à especulação urbanística”. Numa sociedade a beirar a razoabilidade - sem autarcas da escola de Valentim Loureiro ou Avelino Ferreira Torres ou câmaras onde os presidentes não fossem arguidos de coisa alguma – até podia resultar e seria muito bom. Agora assim, cheira-me que caminhamos para a rebaldaria completa em matéria de urbanismo e planeamento. E também para o regresso do culto da personalidade ou do todo-poderoso lá da terrinha.
“Faça lá a obra, homem, que eu deixo”.
“Obrigado, senhor presidente, fico-lhe muito grato. O senhor presidente merecia era uma estátua”.
“Olhe que a ideia não me parece nada má”.
“Faça lá a obra, homem, que eu deixo”.
“Obrigado, senhor presidente, fico-lhe muito grato. O senhor presidente merecia era uma estátua”.
“Olhe que a ideia não me parece nada má”.