28/06/12

Portanto,

os heróis que conseguem concluir o secundário,  abandonam   a universidade precocemente mas os 
resistentes não servem para nada. Moral da história? Ainda terei que descobrir. 

26/06/12

Ao contrário

da miss mundo, acho que o mundo precisa de alguma maldade. Em doses moderadas, é saudável e estimula a imaginação e o sentido crítico. Mas podia muito bem ter sido distribuída de forma equitativa ou, em alternativa, ter efeitos a longo prazo como o colesterol, proporcionando lentos e agonizantes ataques cardíacos a todos os que concentram valores elevados de fel no sangue. 

25/06/12

Um dia,

irei compreender, tenho essa fé, cada um tem a sua, porque razão 30 graus em Junho justificam tantos directos da Praia da Carcavelos. Assim, no imediato, não me ocorre explicação para este fenómeno transversal a todas as estações de televisão, que envolve jornalistas de cócoras e de microfone em punho a interpelar pessoas deitadas no areal e a questionar crianças sobre a temperatura da água como se fosse uma informação de manifesto interesse nacional. 

20/06/12

A última

tendência da estação? Não gostar da Joana Vasconcelos.

19/06/12

Meu bebé pequenino:

Ainda talvez podia ir esperar-te lá acima, mas não me disseste onde, nem me dás a certeza das horas. Não quis telefonar-te por duas razões — a primeira porque é desagradável telefonar assim, mesmo dando um «recado» fingido, para uma casa onde é o teu primeiro dia; depois porque não tenho telefone, de onde fale sem me ouvirem, e não quero falar-te de modo que outros ouçam. Os três telefones, onde às vezes falo, são, um no Café Arcada, e aí falar é falar em público; outro, na Papelaria Vieira, que está nas mesmas condições; o terceiro num escritório onde vou e esse telefone é no meio do quarto principal, onde estão os empregados.
Aguardo, pois, combinação melhor e ocasião propícia para te falar e ir esperar para os lados da Av. Almirante Reis.
A empresa continua em organização. Eu estou mal de saúde e de nervos, mas isso não tem importância. Mal tenho tempo para escrever.
Amanhã passo na tua rua, vindo da Baixa, e portanto do lado do Conde Barão, entre o meio-dia e meia hora e a uma hora.
Adeus, minha Íbis. Além de tudo estou muito cansado.
Muitos beijos do teu, muito teu
Fernando 

(daqui)

18/06/12

Digamos

que a utilização deste superlativo absoluto sintético é manifestamente exagerada. Os gregos deram  o seu aval à continuidade da troika ou perdi alguma coisa no meio dos directos do Marquês de Pombal de ontem? 

14/06/12

Em bom rigor,

este europeu, sabe-se lá porquê, insiste em não produzir em mim uma nesga que seja de interesse. Não encontro nenhuma lógica nesta indiferença embora também não a tenha procurado. Mas eis que, no meio desta estranha apatia futebolística que se apoderou de mim, há um neurónio meu que desperta para o tema. O motivo tem a ver com o Cristiano Ronaldo. Não com a sua compleição física, que nem essa me entusiasma, mas sim com este chorrilho de críticas e acusações que se abateu sobre o rapaz. A bem dizer, o meu neurónio não despertou com a surpresa, porque não há nenhuma aqui: jogadores, políticos, estrelas de cinema e telenovela e afins estão sempre na calha para serem criticados por inerência da profissão. O que irritou o meu neurónio foi constatar mais uma vez que há muitos portugueses - que falam na TV e nos jornais, nos cafés e nos sofás, no comboio e no supermercado - que continuam a acreditar que uma partida de futebol depende de um jogador barra herói. O rapaz é milionário, tem uma namorada gira, joga num dos melhores clubes do mundo, está no seu pico de forma, logo tem que salvar a nossa honra. Tem que marcar e desmarcar-se, correr, fazer acrobacias com a bola, fugir aos amarelos e às provocações com elegância e sobretudo não pode falhar. Ora pois, não pode falhar. That´s the point. Não pode porquê? Onde é que está escrito que ele não é igualzinho a nós com as suas fraquezas e os seus momentos de menor inspiração, que é imbatível e que vence jogos sozinho? Infelizmente, tem aparecido escrito em tudo quanto é jornal nos últimos dias, portanto, o meu neurónio cansou-se e acaba de partir em busca de novos interesses. 

12/06/12

«Os ciúmes

tingiram de sangue a freguesia de Pêro Moniz, no Cadaval. Um homem de 29 anos, despeitado por ter sido trocado por outro, assassinou na noite de domingo a antiga companheira, a qual se encontrava grávida de sete meses». Acompanha com a bucólica imagem de um moinho de Torres Vedras e podia ser o início de um romance mas é o lead de uma notícia do Público online, infelizmente, não assinada. E digo infelizmente porque desconfio de que o seu autor faz parte desta minoria. 

11/06/12

Na verdade,

isto merecia uma queixa na Sociedade Protectora dos Animais. Porque carga d´água é que não respeitam a decisão do casal? 

08/06/12

06/06/12

Não tarda

está a dizer que há muito que alertava para a situação de Espanha e que foi dos primeiros a levantar a possibilidade de um pedido de ajuda internacional. É menino para isso e muito mais.

04/06/12

Não queria

ser desmancha-prazeres, mas parece-me que 'sucesso' é uma palavra esquisita para se usar nestas circunstâncias. 

01/06/12

State of mind