19/09/06

Olha a magra

Em Espanha, decidiu-se que as manequins abaixo de um determinado peso não podem participar em desfiles de moda. Não interessa se são profissionais ou se são naturalmente magras. A medida é aplaudida por médicos, pais e educadores que vêem nela uma forma de combater a anorexia e a bulimia, doenças típicas das adolescentes.
A próxima ideia deverá ser encafuar essas malditas esqueléticas em centros de acolhimento especiais, tipo sanatórios de leprosos, vigiados noite e dia e longe da vista de qualquer ser do sexo feminino abaixo dos 20 anos. Se mesmo assim a coisa não resultar, preparem as fogueiras para esses montes de ossos ambulantes. Não pode sobrar nenhuma.

15 comentários:

Anónimo disse...

Ha ha! 1º cometário!
Pois amiga só te digo uma coisita pequena...Tu és um palito, ok??

Anónimo disse...

uii isto ía acabar por acontecer. Coitadas passou o tempo delas!? espero que não morram porque senão é a morte das inocentes!?

cuide-se marta magra !

menir disse...

Cara marta, de todas as medidas possíveis de tomar a proibição nunca surge como a melhor opção... Não sou apologista do ideal de beleza de finais dos anos 90, mas até no mundo da moda e publicidade já se evoluiu um bocado para além do osso. A anorexia é uma doença que vai muito para além dos protótipos de beleza, sendo que como é óbvio a afirmação da "magreza" não ajuda. Mas mesmo que a definição de mulher "ideal" em termos de apreciação física fosse o oposto (como já o foi inúmeras vezes no passado), continuaria sempre a defender o indivíduo contra a "normalização" de medidas e atitudes. As adolescentes não precisam de ser "salvas", e porquê? Porque também já fui adolescente e não precisei, precisam é de desenvolver saudavelmente a sua auto-estima e de se saberem únicas. No mundo inteiro não existem duas pessoas iguais.

tulipa_negra disse...

pois... como se tu fosses rechonchuda... por um lado acho bem, porque este ideal de beleza já andava a deixar as miúdas todas malucas e complexadas, agora proibir nunca foi boa solução...
olha, eu, com tanto ginásio, de certeza que nunca chegarei a esse ponto ihihihih
beijocas

passarola disse...

pois.. a questão não é fácil.. mas, sinceramente aplaudi a iniciativa.. mais por uma questão de saúde do que estética.. as modelos influenciam o modelo de beleza feminino.. ao promover um ideal de peso pouco saudável estão a passar uma má mensagem.. e as miúdas que ainda não têm cabeça para saber valorizar o que têm de bom.. vão atrás... Da mesma forma que se deve alertar para a obesidade, deve alertar-se para a magreza em excesso. Aquela que, se se dividir a altura/idade pelo peso.. acusa uma má alimentação.. magrinhas ..sim..mas saudáveis!!!! ;)

desculpeqqc disse...

Acho a medida bastante inteligente!
Aliás, é das medidas mais inteligentes que ouvi nos últimos tempos.
As modelos esqueleticas podem ir morrer a um canto, deixam é de poder influenciar as jovens fracas de espírito.

Mocho_ao_Luar disse...

Eu não sou contra esta medida. aliás, supreendeu-me bastante pela positiva. Agora, só falta as grandes cadeias de lojas de roupas comercializarem vestuário com números maiores.
Deve-se no meio disto tudo, é promover um estilo de vida saudável!!!

Milharinha disse...

Que obsessão pela palavra proibir!
Não houve proibição, apenas se definiram critérios, os quais deverão ser observados por quem desfilar. Também os há para a altura minima, por exemplo. E também não creio que desfilem pessoas com 100 Kg. Portanto, esqueçam isso da proibição. Eu aplaudo esta medida, sem restrições.

Sereia disse...

Acho muito bem, por ser compostinha tou farta de fazer dietas para atingir o peso ideal e ser socialmente aceite pela sociedade!

mfc disse...

Quanto mais se respeita a diferença mais regras existem para a promover. Não interessa se estamos a falar de diferenças raciais, sexuais ou fisiológicas. São diferenças.

Concordo que se combata a anorexia e a bulímia, mas há que ter cuidado com o que fazemos para a combater. Lembro-me, há dois ou três anos, quando nas escolas francesas proibiram as alunas árabes de usar o véu. Regulaçãop da democracia ou um pontapé na liberdade individual?

Anónimo disse...

Modelo = forma típica para reproduzir ou imitar.

Acho essa medida bastante boa...

susana disse...

porque é que não se questiona porque é que estamos (porque não se trata só de uma questão de adolescentes) cada vez mais susceptíveis a influências de modelos (e não estou só a falar das que desfilam)? em relação à medida da Semana da Moda de Madrid creio que se deve falar mais de critérios do que de proibições. a anorexia não passa só pela imitação de "modelos magros e felizes" que nos entram pela casa dentro. esta medida não irá com certeza diminuir drasticamente o n.º de casos de anorexia, mas se calhar vai fazer repensar os protótipos de beleza que as agências de modelos impõem a muitas jovens.

Alien David Sousa disse...

Até parece que leram aquele texto das anoréxicas que escrevi ;)

A Flor disse...

Estou mais de acordo com a idade.... é ridiculo ver-se crianças de 13,14 anitos a desfilar!
Ainda falam da exploração infantil, e isto o que é?!... exploração quê?!...

imaginem uma filha vossa de apenas 14 anos no mundo da moda.... e a descorar os estudos e a SUA JUVENTUDE! Nem gozam da juventude, nada!

gostei deste espaço. Irei voltar :)
beijinho

Anónimo disse...

Neste mundo deve haver lugar para todas as medidas!!! Ser gordo ou magro não é pertencer a partidos políticos inimigos, cuja única função é se degladiarem sem rei nem roque!!! É mesmo pura cegueira não perceber que o grande mal é a difusão de um FÍSICO ÚNICO IDEAL, a que todos são obrigados a se sujeitar, seja qual ele for! É este o real problema que gera na mente das pessoas os tais complexos que acabam por conduzir, entre, outras coisas, aos tais distúrbios alimentares.
A solução não é fazer uma guerra vingativa contra a magreza, mas antes diversificar os modelos que passam nas "passerelles"-por outras palavras, as mesmo modelos magrinhas desfilarem ao lado de outras mais gordas! Com esta solução, o mundo da moda deixaria de ser um contributo para os diversos complexos ligados à auto-estima que nós acabamos por arrastar ao longo da nossa existência...
A solução não está em proibir este ou aquele modelo de silhueta, mas antes em oferecer o máximo de variedade possível, o maior número de opções. A vida real é feita de variedade e se a moda não reflectir esse imenso mundo de silhuetas que é a verdade do quotidiano, acaba por não nos representar (como sempre tem acontecido, infelizmente).
Se determinadas pessoas escolherem, de entre a variedade proposta, determinados padrões físicos consensuais ou não, tal se deverá, nesse caso, ao LIVRE ARBÍTRIO que só diz respeito a cada um. Cada um deve fazer livremente as suas escolhas e estar consciente das consequências!
O problema é que existem nesta sociedade pessoas que deliram com as polémicas e acham que a vida quotidiana deve ser uma espécie de guerra permanente com "mortos e feridos" à mistura para temperar uma vida demasiado vazia ou para obterem notoriedade. Será que ainda ninguém percebeu que o GRANDE MAL é essa mentalidade de impor um CORPO ÚNICO para servir de exemplo para todos??? Não é o facto de os mass-média divulgarem um físico mais magro ou mais gordo...
Em vez disso opta-se por fazer uma guerra cega contra as modelos magras, sem olhar a meios, tal como há muito se vinha fazendo contra quem é gordo. Isto é, muda-se o modelo, mas a mentalidade maniqueísta ("tudo isto é bom, tudo aquilo é mau") mantém-se de vento em pôpa. Em suma: não se faz nada contra o verdadeiro problema! O maniqueísmo é um sintoma de primitivismo absoluto, ainda que pareça ter "mais acção e emoção", porque reduz tudo a uma situação de conflito permanente...
O pior é quando vemos gente que deveria ser isenta (incluindo médicos e governantes), a alinhar nesta "solução rápida e fácil"! O problema é que esta polémica é aproveitada pelos mass-média como um filão a explorar, dado que qualquer nova medida de carácter proibitivo e exclusivista, gera sempre aqui e ali núcleos de descontentamento de quem por ela é afectado. A tolerância, apesar de ser sempre uma demonstração de humanidade e maturidade, parece para certas pessoas algo monótona e mais uma polémica sempre torna o dia-a-dia mais animado...
O problema é que há gente que só se sente na maior se houver quem fique na pior... É um claro sinal de atraso na evolução da espécie humana! O mesmo se aplica a uma certa atitude paternalista e de vocação "políticamente correcto" que parece notar-se neste súbito volte-face estético...
Resumindo e concluindo: a solução está em promover a variedade das formas!