Baldas ao trabalho, manifestações, sorrisos para as câmaras, ameaças ao “poder patronal”, desfiles, panfletos. Os trabalhadores dos CTT vivem intensamente a quadra natalícia, aproveitando algumas pausas nas festividades para dizer que a administração “coloca em risco centenas de postos de trabalho por entregar a outras empresas serviços que deveriam ser do CTT”. A administração garante que não há nenhum posto de trabalho em risco e não houve, oficialmente, notícia de nenhum despedimento.
Posto isto, os incansáveis trabalhadores dos CTT - empresa em que gostariam de trabalhar 99% dos portugueses que sonham com o seu empregozinho para a vida, reforma garantida, chefias virtuais, progressão automática de carreira (qué isso do mérito?) - optam pelo modelo da greve preventiva. Não vá o diabo tecê-las e acabar-se assim, sem mais nem menos, com tantos anos de dolce fare niente.
27 comentários:
É a chamada greve preventiva :)
O meu pai trabalha nos CTT, e estou em posição de garantir, que muito do que dizes, são mais as vozes que as nozes.
Não é tão fácil como parece.
Mas o meu pai raramente fez greve.
Não que seja fura greves.
Mas porque acredita que não é assim que se resolvem as coisas, e que só deve ter direito à greve aquele que faz tudo antes para prevenir ter de fazer uma greve.
Ou seja, o meu pai trabalha nos CTT, mas não acredita em greves fáceis.
Beijinhos
p.s. Se mais trabalhadores dos CTT fossem como o meu pai, não havia tantas greves, mas havia mais luta.
Não só de greves vive a luta :)
Uma coisa é certa, no pressuposto de que privado é sempre melhor do que público, os sucessivos governos têm alienado serviços atrás de serviços que, bem geridos, seriam uma importante fonte de receitas e coesão social.
Em vez disso, vende-se o que dá lucro, porque é o que interessa ao privado, e fica-se com o que dá prejuízo porque se o estado não fizer ninguém faz. Como levar o correio até aquela aldeia que só tem 3 habitantes.
Não sei o que se passa nos CTT mas o que sei é que dantes o correio era entregue no dia seguinte em qualquer parte do país, e desde que há correio azul, se chegar já não é mau.
É a velha máxima portuguesa: mais vale prevenir do que remediar, e trabalhador prevenido, já se sabe, vale por dois! Ou muito me engano, ou hoje lançaste aqui um post que vai dar luta!
O teu post espelha a minha opinião, como tal não tenho comentários a fazer...
L.Rodrigues,
moras no Brasil???
Parece-me que falas da mesma realidade que vivo, por aqui. Inclusive quanto ao serviço de Correio.
:o\
Resposta à Marta:
Eu!!! Ofendida?!
Claro que não!
Eu própria já tive problemas com os CTT, e ao reclamar para lá ainda fui mal tratada e refutaram qualquer responsabilidade.
A questão foi que me mandaram um aviso de falta de pagamento do telefone... de um aviso que NÃO tinha chegado...
Claro que os CTT não tinham nada a ver com isso!!!!
Não fiquei nada zangada, quiz apenas mostrar que há sempre dois lados...
É muito bom haver quem levante essas questões.
Eu própria sou uma revolucionária.
Não te preocupes que se eu levar a mal alguma coisa, sou a primeira a dizer-te, e não por meias palavras... sou muito directa :)
Muitos beijinhos
À pois!Não vá o diabo (estado)teçe-las.
Se os CTT fouce uma media empresa com 100 a 200 empregados eu gostava de saber que é que fazia greve
Mas como eles são muitos e quem convoca a greve é um sindicato que não tem que prestar contas ao patrão
A vida deles está facilitada
Eu acho que são as Greves que destroem com as empresas mas ele é que sabem
Hum... Não conheço suficientemente o assunto para opinar devidamente. Mas posso dizer que sou completamente avessa a progressões "automáticas" de carreira...
«Posto isto, os incansáveis trabalhadores dos CTT - empresa em que gostariam de trabalhar 99% dos portugueses que sonham com o seu empregozinho para a vida, reforma garantida, chefias virtuais, progressão automática de carreira (qué isso do mérito?) - optam pelo modelo da greve preventiva. Não vá o diabo tecê-las e acabar-se assim, sem mais nem menos, com tantos anos de dolce fare niente». Quem escreve isto não deve perceber minimamente o que se passa nos CTT actualmente! Deve limitar-se a ler os cabeçalhos dos jornais e a acreditar nas verdades desmentíveis lá escritas! E não deve ter um amigo ou familiar a trabalhar nos CTT! Cara Marta: poupe os seus leitores à sua ignorância!
A generalização é sempre um perigo, e quase sempre uma injustiça.
Trabalhei durante dois meses e meio num posto de CTT de uma pequena terra no alentejo. Tal como noutros casos o posto foi "abandonado" e foi a Junta de Freguesia que "fez" por ele.
Pude lidar com algumas pessoas que já trabalham nos CTT desde há muito tempo, deu para perceber que, como em todo o lado, há quem trabalhe e quem finja trabalhar.
E há uma proximidade, uma empatia e até uma cumplicidade com muitas pessoas (clientes), é muito reconfortante poder ajudar algumas pessoas, como foi o meu caso. Mas isso é outra história.
Engraçado, ainda ontem comentei isso mesmo cá por casa...
Mas também concordo com a bad, felizmente nem todos assumem essa postura demasiadamente fácil... sou um pouco contra a leveza com que se encaram as greves nos nossos dias e com a falta de argumentos credíveis e motivos realmente importantes para a fazer.
:) Bjinho*
Sabine: com todo o respeito, ignorante é você por ainda não ter percebido que este blog não é um jornal, não obedece a nenhum Código Deotológico de Jornalistas nem me obriga a falar ou a recolher opiniões de amigos e familiares para poder formar uma opinião sobre o quer que seja.
Este é o meu blog, onde escrevo o que bem me apetece e, claro, onde também me arrisco a ser injuriada por quem não sabe discordar sem recorrer ao insulto gratuito.
Sinta-se à vontade se não quiser voltar.
(*queria dizer "Deontológico" no comentário anterior)
Adere ao ViaCTT!
Ah Martinha, eu bem me parecia que este post ia gerar algumas faíscas. Esperemos que ninguém sai daqui chamuscado, afinal, nunca fez mal debater ideias.
claro que há muito menino nos CTT a trabalhar que mais parece um chulo mas claro que também não m eparece rasoável que comecem a contratar serviços a empresas externas para depois despedirem as pessoas por falta de trabalho. devem é separar os bons dos maus e arranjar maneira de correr com os maus e olha que não é assim tão dificil como dizem.
Resposta a Sabine
Para proteger o seu amigo ou familiar (palavras suas) do que as pessoas são capazes?
Seja imparcial e abra os olhos para a realidade.
É este o Estado em que vivemos, cheio de cobardes que se protegem uns aos outros.
Cegos não são os que não vêem, mas sim os que se recusam a ver...
É claro e lógico que existem pessoas, capazes e profissionais lá, mas provavelmente pela maneira de você falar, não é, nem o seu familiar nem o seu amigo.
Que pena.
E pronto!!!!!
Agora é que foi...
Não nos vamos zangar por opiniões.
Cada um tem a sua ideia e pronto.
Agora tenho de concordar que chamar ignorante à dona Marta foi excessivo.
É como insultar alguém na sua própria casa.
É bom discordar.
Mas... quem não gosta do que lê aqui, pode simplesmente ignorar, acho eu... que não quero zangar ninguém.
OH Marta, esta deu luta...
Beijinhos virtuais que só não mando por carta porque pode não chegar :))
Opa, fazer greve é tão bom...a malta não vai trabalhar!! também eu queria um trabalho assim! Portuga que é portuga pega logo nas bandeirolas e no tintol e parte logo para greve!
Não conheço a realidade que se vive nos CTT, mas a vida não está fácil para ninguém...
Voltei!
Primeiro: a Marta não precisa de advogados de defesa, porque o faz muito bem sozinha, como se viu!
Segunto: Como também não gostei do comentário da tal de Sabine (acusou o toque foi?), deixo aqui a minha opinião: a ignorância é de quem não quer ver a realidade! Eu nunca na vida fiz greve e trabalho há 20 anos, mas não por não concordar com a mesma (acho que o direito à greve é fundamental na vida de um trabalhador!), mas simplesmente porque nunca concordei com as razões das greves existentes no meu sector!
Mas é sempre mais fácil ser carneirinho, não é verdade?
O direito à greve é um direito o que não equivale dizer que se possa fazer greves "manipuladas" por alguns sindicatos.
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