14/05/08

Pausa para a poesia

'meteoro'
brutal
precipitado
do sobretecto
celestial
descontrolado
aí vem
o meteoro
nada o detém
brutal
logo
nuvem
colossal
de fogo
impiedoso
ominoso
cego
sem ego
arquitecto
iridescende [sic]
incandescende [sic]
fosfórico
catastrófico
poro
por
poro
puro
final

(Mão amiga fez-me chegar este extraordinário poema de Paulo Teixeira Pinto, ex-administrador do BCP, que em boa hora decidiu largar tudo para se dedicar à poesia e fosforizar assim o nosso cinzento mundo literário. Obrigada, PTP).

13 comentários:

Luís F. disse...

Ahhhh!

Que revelação! Não sabia do talento literário do senhor...

Capitão Gancho disse...

oH MEU DEUS, que dom colocas-te nas mãos de ditoso Homem que veio ao mundo espalhar tamanha " sopinha de letras"...Li e reli este debitar de palavras " arrancadas á força " de um qualquer dicionário Porto Editora...e chorei chorei, as lágrimas desciam furiosamente pela minha face pálida de espanto...tinha nascido um novo poeta português... descontrolado e precipitado do sobretecto ignóbil em que vivemos.
Aquele meteoro que ninguém deteve (felizmente) era brutalmente colossal...
Este Homem cego mas com um ego tamanho do mundo, poro, por poro desencadeou um efeito fosfórico em mim...e desde que estas palavras sábias atravessaram o meu cérebro eu não fui mais o mesmo, estou para aqui que nem um autêntico farrapo de ser humano, pois tive então a sensação que não passava de um verme desprovido de sentido e de inteligência, perante tamanha SABEDORIA.

Adeus a todos, VOU ATIRAR-ME BORDA FORA! ( não mereço viver)

Francis disse...

no comments.

Xanuca B disse...

Aqui está a razão da sua reforma por invalidez psiquiátrica.
Aliás, ontem na AR ele estava com um olhar ausente e alucinado...
Demasiada medicação?

Suzi disse...

e a gente vai aprendendo palavras novas, mesmo que não entenda bulhufas o que elas querem dizer* ou não as fale nem ouça quase nunca**, embora saiba que existam e sejam tão sonoras...

ominoso*
sobretecto*
iridescente**

Anónimo disse...

Detesto poesia, ainda para mais feita por não poetas.

Custódia C. disse...

Se um quadro pintado todo de branco ou preto ou outra cor qualquer é arte modernista, porque é que isto não há-de ser poesia?

Anónimo disse...

pobre poeta.

Capitão Gancho disse...

Pobre?

ah ah ah


RICO POETA

Ana disse...

poro/por/poro/puro...pura poesia, sem dúvida!
Os quadros serão igualmente bons?!? :-|

SC disse...

Pois, já tinha visto. Numa palavra: Péssimo.

nelio disse...

é de ir às lágrimas. raramente se viu tamanha frofundeza em tão poucas palavras... uma verdadeira revelação.

Urban Cat disse...

Uau...que post!

;)