17/02/12

«Depois do episódio da República,

que mesmo assim não afectou - ou afectou pouco - o interior do país, desde meados do século XIX, nunca o país deixou de viver num Estado poderoso e vigilante (...) Salazar, de resto, organizou, alargou e consolidou a repressão. Com alguns brevíssimos sobressaltos pelo meio, a herança que a ditadura legou foi uma herança de conformismo e obediência, que permanece viva, e frequentemente dominante, no Portugal de hoje, com a sua complacência e a sua democracia (...) A troika escusa de se preocupar. Cá na terra nós fazemos sempre, ou quase sempre, o que nos mandam. E não gostamos nada de aventuras».

Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, e com carradas de razão