13/11/12

Parece que o mundo

académico e empresarial descobriu o fascinante mundo das conferências. Os auditórios e salas com nomes pomposos deste país andam animados com o entra e sai de ilustres oradores, que aproveitam para se promover a si e às suas empresas e instituições em "debates" sobre inovação, empreendedorismo, a crise como uma oportunidade, a internacionalização e banalidades do género, que não produzem conclusões, nem ficam para a história. Os ministros e secretários de estado abrem as sessões de trabalho, coisa que não lhes leva mais do que cinco minutos das suas apertadas agendas, a comunicação social vai atrás - e quando não é a própria a promover o "evento" - lá está para sacar umas declarações avulso, descontextualizadas, preferencialmente polémicas e "à margem da conferência", que ficam sempre bem num rodapé de televisão. 

As conferências são portanto úteis para toda a gente. Para mim, não passam de uma manifestação saloia de uma certa cultura empresarial feita de aparências.