
31/08/07
28/08/07
27/08/07
Quiz
No Egipto, dois jipes destruíram restos fossilizados de baleias classificados como património mundial da humanidade num vale onde é proibido circular.
Quem conduzia os jipes?
a)Dois pescadores de baleias que não sabem o que quer dizer fossilizado
b)Um casal de turistas japoneses sem experiência na condução de veículos com tracção às quatro rodas
c)Um bando de deliquentes que assaltou um stand de automóveis no Cairo e foi fazer street racing para o vale
d)Um grupo de diplomatas europeus
e)A Lara Croft
*A resposta correcta é a d). A Lara Croft é uma rapariga cuidadosa.
24/08/07
22/08/07
Freedom Festival
Muita música, claro, mais palestras e workshops sobre danças étnicas e tribais, permacultura, ecologia e medicinas alternativas, um projecto de «Event Greening», que engloba várias medidas ambientais concretas, massagens, yoga e terapias do som, e mais de 15 mil doses apreendidas de LSD, anfetaminas, cocaína, ecstasy, haxixe e heroína. Tudo muito clean, muito zen, muito ecológico. Tudo muito em comunhão com a natureza. Há coisa melhor no mundo do que engolir medicamentos à sobra de um chaparro? Estes festivais dão outro sentido à vida, é o que é.
21/08/07
20/08/07
Notícia vermelha ou rosa conforme a equipa adversária
Qual Maddie, qual milho transgénico, qual greve da Groudforce, qual Dean, quais portugueses raptados na Venezuela. A notícia, a grande notícia de hoje, é outra. É só dar um saltinho à Wikipédia e pesquisar "José António Camacho". A última frase do resultado da pesquisa vai abrir os noticiários todos de hoje à noite. Aposto 10 Toblerones de 1 Kg cada um.
17/08/07
16/08/07
Transporte alternativo
Na impossibilidade de partir hoje para Luanda, seguir depois para Benguela e Namibe, cruzar as areias da Namíbia e as suas povoações até Cape Town, na África do Sul, rumo a Maputo e depois Quelimane, junto ao rio dos Bons Sinais, até à Ilha de Moçambique, sigo viagem com José Eduardo Agualusa em busca d'As Mulheres do Meu Pai'. É quase a mesma coisa.
14/08/07
...
Acho graça a certos ladrões. Não dos que praticam o ‘esticão’ com velhinhas indefesas ou assaltam bombas de gasolina para roubar latas de cerveja. Não têm graça nenhuma. Por motivos óbvios, os que agridem ou matam também ficam de fora. Gosto de perfis misteriosos que praticam o exercício com elegância, com savoir-faire. Por exemplo, anda um ladrão à solta em Lisboa que acho um tipo interessante. Para já, assalta bancos que é uma coisa que me agrada logo à cabeça. Depois, age sozinho. É um solitário, deve ser romântico. Dispensa rebanhos, não parece precisar deles para se sentir grande ou imbatível. Claro que tem uma arma porque também não rejeita a sua condição. Um ladrão precisa de uma arma como o pescador precisa de uma cana. Ou um médico de um estetoscópio. Mas lá porque é ladrão não tem que ser assassino. Por isso, nunca disparou um único tiro. Também aprecio o facto de roubar pequenas quantias de dinheiro. Não demonstra ganância, nem apego a valores materiais. Provavelmente, rouba só para garantir alimento e pagar contas correntes. Não é megalómano na escolha dos balcões onde actua. Escolhe dependências pequenas e discretas, sem grande movimento porque não precisa de espectadores nem está interessado em protagonizar cenas de fuga dignas de filme e cheias da adrenalina que os ladrões vulgares tanto apreciam. A cereja no cimo do bolo está no facto de praticar o roubo com uma calma notável, deixando-se filmar pelas câmaras de vídeo vigilância sem aparentar nervosismo. Num certo sentido é um gentleman no seu ofício: recatado mas hábil, sensato mas corajoso, elegante mas eficaz, confiante mas nunca emproado. A isto chama-se estilo e é daquelas coisas que não se aprendem nem se compram. Nascem connosco. Ou não.
13/08/07
Ingenuidades
Aqui há dias, um grupinho enregelado de russos espetou uma bandeira nas profundezas do Oceano Árctico, mesmo por baixo do Pólo Norte. Achei graça ao momento. É notável como em pleno século XXI, uma pessoa chega a um território onde não se avista vivalma, deixa um farrapito de tecido com uma inscrição pendurado num pau e pronto. Está consumada a escritura.
Neste caso, está mas é aberta a confusão porque os governos do Canadá e da Dinamarca vieram logo reinvidicar a posse das 'terras'. Que não teriam interesse nenhum se as suas profundezas não tivessem recheadinhas de gás e petróleo.
Eis como, em menos de nada, se esfumou o encanto anacrónico do momento.
02/08/07
01/08/07
Uma hora aqui e ali
«Vivemos as nossas vidas, fazemos seja o que for que fazemos e depois dormimos: é tão simples e tão normal como isso. Alguns atiram-se de janelas, ou afogam-se, ou tomam comprimidos; um número maior morre por acidente, e a maioria, a imensa maioria é lentamente devorada por alguma doença ou, com muita sorte, pelo próprio tempo.
Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as probabilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginámos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis. Mesmo assim, adoramos a cidade, a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais».
Michael Cunningham, in 'As Horas'
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